Mas quero destacar esses três livros: o primeiro à esquerda é a bendita, A montanha mágica (do Thomas Mann), que nem me pareceu tão mágica assim e, por sinal, ainda está com o marcador na página 751, onde parei a leitura há uns 10 anos.
A pergunta é: porque parei a leitura há 10 anos e não mais continuei? Simplesmente porque fui chegando à conclusão de que o livro que tem exatas 869 páginas poderia ser resumido senão pela metade, talvez um pouquinho mais de tão arrastada que se torna a leitura em determinados momentos, apesar de apresentar algumas discussões históricas e filosóficas interessantes entre os moradores do sanatório Berghof, nos Alpes Suíços onde se passa a história.
O box do meio é de Literatura Policial, três livros da Agatha Christie, que aprecio bastante também. Eu a conheci por acaso lá em 1996, depois que saí com minha família do Rio Grande do Sul para morar na capital do Paraná, Curitiba. Próximo à casa para a qual nos mudamos, havia e ainda há uma biblioteca pública conhecida por Farol do Saber (que existe em vários bairros da cidade).
Não tendo muito o que fazer na época, aproveitei para me associar na biblioteca e praticar umas leituras. E eis que remexendo daqui e dali nas prateleiras, achei um dos títulos (que não vou me lembrar agora) da autora britânica. Levei para casa e assim tive meu primeiro contato com ela e seu detetive belga/francês, Hercule Poirot.
Atualmente já li quase toda a coleção de obras de Agatha e acabei por nutrir uma paixão secreta pelo homenzinho de bigode extravagante e por suas células cinzentas, das quais ele tanto se gaba...
O último da direita é O morro dos ventos uivantes, de uma das irmãs Bronte, a Emily. Durante meu primeiro ano de faculdade lá em 2002 tive uma colega com mais de cinquenta tons de goticismo em sua aparência e personalidade (a Maria Cecília), que vivia falando dessa obra. Ela sempre tinha um comentário a fazer sobre o Heathcliff, esse personagem fabuloso, misterioso e desconcertante, o que foi aguçando cada vez mais minha curiosidade.
Até que um dia sem poder resistir mais, fui para a biblioteca da faculdade e peguei de empréstimo o dito cujo. Então, aproveitei uma sexta-feira à noite e comecei a leitura que correu pela madrugada adentro e só foi terminar no sábado perto do meio-dia. Eu simplesmente não conseguia tirar os olhos daquelas páginas! Toda vez que eu decidia que seria o último capítulo a ser lido, a curiosidade falava mais alto e minha decisão ia por água abaixo. Lá estava eu passando para o próximo capítulo e depois o próximo e depois mais um e mais outro até que o livro chegou ao fim.
Ali eu entendi o porquê a Maria Cecília tinha sérias razões e motivos para ser tão fascinada pela obra de Emily Bronte e, principalmente, pelo seu personagem principal. Heathcliff realmente nos deixa extremamente perturbadas! Não só ele, mas também toda a mística em torno da história dele com Catherine Earnshaw.
E, logicamente assim que soube das várias adaptações cinematográficas da obra, corri para assisti-las quase todas. Por que quase todas? Porque algumas são esdrúxulas e outras são bem mais fiéis ao livro, como a versão de 1992, com os maravilhosos Ralph Fiennes e Juliette Binoche no elenco.
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