GRANDE SERTÃO: VEREDAS - O FILME





Adaptação para o cinema da obra de João Guimarães Rosa, feita pelos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira, em 1965. Ao contrário do livro, no filme Riobaldo sabe desde sempre que Diadorim é mulher e filha do chefe do bando, Joca Ramiro, morto pelo jagunço Hermógenes.

Despido de toda a complexidade que envolve Riobaldo e seus dramas e questionamentos existenciais, o filme enfoca apenas o lado das lutas entre bandos de jagunços no sertão de Minas Gerais, tornando-se sob um certo aspecto uma espécie de bang-bang no sertão. Não tem, portanto, a aura de magia e mistério que envolve o romance de Riobaldo e Diadorim, fonte de todas as experiências, angústias e dramas existenciais do jagunço ao encontro de si mesmo.

Uma visão totalmente diferente do universo rosiano. Só não se sabe se os irmãos não captaram a essência da obra ou se apenas quiseram fazer uma obra simplista. Não à toa fala-se que o próprio Guimarães Rosa ao ser convidado pelos irmãos para assisti-lo numa sessão avant-première, decepcionou-se profundamente com o resultado do filme, reprovando-o de imediato. 

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