Minha Biblioteca Achilles & Bertazzo começou a se desenhar de verdade lá em 2002, quando entrei na faculdade de Letras, embora eu já tivesse alguns livros herdados dos meus irmãos mais velhos (tipo esses aí da foto, sendo os mais antigos o menorzinho de capa verde, um Minidicionário de Português/Inglês/Português, que eu usei na 8ª série e o Caminhando na chuva, do gaúcho Charles Kiefer, que um dos meus irmãos usou no Ensino Médio dele); da Biblioteca do Exército do meu pai; livros abandonados nas casas que alugávamos; livros recebidos de presente, etc.
Lucíola, do José de Alencar (que trata da transformação de uma mulher, uma cortesã que se regenera e se purifica ao descobrir o amor) herdei da minha irmã (que nunca gostou de ler romances) quando fiz seu trabalho de Literatura do ensino médio em 1997, eu creio.
O bom ladrão, do Fernando Sabino, creio que veio parar nas minhas mãos por intermédio de um ex-namorado, nesta mesma época, não lembro ao certo. Talvez, o livro fosse dele e ele me deu ou eu peguei em sua casa e levei para a minha e acabou ficando, uma vez que ele, como minha irmã, nunca foi fã de leitura.
Mas com essa coisa de diversas mudanças de endereço ao longo da vida, empréstimos mal sucedidos para amigos ou nem tão amigos assim (né?) que "esqueciam" de devolvê-los, furtos descarados, doações forçadas pela minha mãe (que não simpatizava muito com livros) para bibliotecas públicas, entre outros motivos, restaram-me apenas esses quatro.
E foi com esses quatro sobreviventes e com a entrada na faculdade que eu resolvi ampliar o meu acervo, já que dali para frente teria que comprar ou xerocar livros quase que diariamente para meus estudos, o que só intensificou cada vez mais o desejo e a compulsão por adquirir cada vez mais livros.
Minha falecida e adorada mãe, claro, não apreciou muito a ideia na época. Porém, dessa vez tudo foi diferente: bati o pé e disse CHEGA! Agora estou comprando os livros com o meu dinheiro (pois havia começado a trabalhar como professora de reforço escolar e depois como auxiliar de biblioteca na Biblioteca Pública do Paraná - BPP) e não doo, não dou e não vendo! Trocar já é outra história. Nunca mais se falou nisso e eu pude enfim, começar a montar minha biblioteca em paz.
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